quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como vai meu amigo? Recebi o noticiário no jornal da manhã, vi que não está nada bem...
e pelo que li já tem um tempo que estas assim não é? Amigo, não tem ninguém ai cuidando de você? Tantas pessoas a seu lado... o que acontece?
Apesar de que não posso falar muito, pois não tenho sido um bom amigo, estou tão perto e nada fiz para te ajudar... Nesses últimos tempos não sobra tempo pra nada: muito trabalho, negócios a tratar, reformas e novas obras em casa, tantas dívidas e dúvidas. Confesso que estou em debito contigo meu caro, sei que somos quase vizinhos, mas são tantos muros e portarias que até me esqueço disso... Peço desculpas de coração, fiquei verdadeiramente triste em saber de sua situação e o descaso que sofre. Sei que está passando por dificuldades. Me disseram que as pessoas que estão cuidando de ti não administram sua herança corretamente – quando não brigam entre si para decidir quem fica com as posses não é? Disseram que eles sujam cada vez mais sua casa e te tratam mal. É verdade que já não existe mais aquele lindo jardim que havia em sua residência? ... É amigo, nós estamos ficando velho! Também não sou mais o mesmo e todas essas coisas que acontecem contigo me afetam também indiretamente. Lembra dos velhos tempos? todos viviamos mais felizes e, na maioria das vezes, você era responsável por essa felicidade... Camarada, você sabe a importância que tens para nós, sabe o grande amigo que sempre foi, sempre me ajudou e ajudou a todos que precisaram nas horas difíceis, és rico material e espiritualmente... É uma pena você estar descuidado e debilitando dessa maneira!
Olha, peço que me avise quando receber esta carta, pois convidarei mais pessoas para te visitar sempre, cuidar de ti e faremos um esforço para mudar sua situação meu amigo Mundo!

Melhoras, e um grande abraço.

Do sempre amigo:


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             (seu nome)

domingo, 25 de julho de 2010

....
- Hei, desculpe não te conheço, mas pode repetir isso?
- hã???
- Sabe, isso de nos esbarrarmos... Eu estava subindo a escada, você descendo e nós nos esbarramos sem querer..
- Eu nem notei.
- Pois é... nós nos acostumamos a andar como formigas, com nossas antenas, correndo em nossos piloto automático... "Débito ou crédito?", "O que deseja senhor?", "Compre, pague...", recebemos um "bom dia" sem nos olharmos mais, sem nos tocar.
- É..
- Somos obrigados, diarimente, a agir com nada verdadeiramente humano. A Tv, o jornal, o rádio, as revistas se esforçam para manter ativas essa colônia de formiga. Uma sociedade "civilizada"... Não quero um "katchup" ou um "canudo", eu quero que as pessoas me vejam, quero ver as pessoas.
- Verdade... eu nunca tinha pensado nisso. Acho que tenho andado com uma formiga, ou talvez como um zumbi. Pra mim eu sou normal, mas acho que por me sentir assim eu também entrei no "piloto automático" atraz de consumismo, arte, valores.. Seguindo pessoas que estão me expondo informações.
- Nós achamos todos os dias que somos limitados pelo mundo com suas restrições, mas nós as criamos. Perdemos muito tempo tentando enteder e não fazemos nada para mudar. Sinto falta do aperto de mãos quentes, ou do abraço. Eu quero esbarrar mais nas pessoas e não em números!!!!
 

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